Archive for the ‘Uncategorized’ Category

…lápis de cor e giz de cera…

08/06/2011

 

all that I sing effects around your souls

 

 

Se eu não for eu mesmo
sem criar, sem pintar, sem cantar
o céu ainda será denso e cinzento
e eu me tornaria a mentira de alguém.

Se eu não me tornar eu mesmo
e não escrever na areia meus pensamentos
como os lerei? e a quem os revelarei?

se eu não agir como eu mesmo
como irei conversar com meus amigos
e tirar uma noite de folga
pra sonhar com você?

se eu não amar a mim mesmo
como sonharei com você?
Não poderei te desejar
ou imaginar o cheiro da tua pele recem saída do banho.

Se eu não for eu mesmo
como me entregarei a você
sem nos machucar?

 

by Doriva Ferreira [  inspirado pela aura de city & colour.hope for now  ]

{ imersão }

20/05/2011

Se a vida é uma poesia, estou naquela pausa entre uma estrofe e outra.

{…espaço reservado para alguma palavra esperançosa que não passa em minha cabeça agora…}

16/05/2011

respira esperança !

 Eu não queria os gritos e alertas na minha mente.  Na verdade há em mim muita coisa que não pedi.  Fora os desentendimentos e os pré-conceitos diante as minhas atitudes.  Há muitos erros e por isso o cansaço de aprender.  Penso nos regorzijos que têm passado tão rápidos.  Porém, não sou tolo de não assumir estar com famílias e amigos apenas pra comer um cachorro quente tem sido um grande alívio. Quero finalmente a paz que por muitos caminhos tenho buscado. Algumas chances foram desperdiçadas, mas isso é impossível não acontecer. Queria poder voltar alguns atalhos ou rotas trilhadas. Porém tudo que preciso é saber descansar onde estou agora porque parece que o declive a frente vai me levar a pedregulhos mais pontiagudos e cortantes. Então eu devo esperar.

Eu desisto dessa fé.

28/03/2011

 

Quero cantar uma nova canção. Estou desejoso de dançar a música da Graça. Não tenho mais tempo para a religião fria e calculista que aponta meus erros numa espécie de saldo devedor. Desisto de imaginar um Deus mal-humorado, sisudo, de tocaia, que “descobre” meu pecado. Creio num Deus que perdoa meus pecados de ontem, hoje e amanhã. Seu amor é eterno e imutável. Desisto de imaginar um Deus recatado, pudico, envergonhado… Não! Deus é santo e amável. Somos nós, pecadores, que ficamos constrangidos com Sua presença. Se não fosse a Graça de Deus, nós é que estaríamos “em apuros”, e não Ele.

Desisto de me filiar a grupos, movimentos, organizações para “impactar o mundo”. Creio no sacerdócio universal: minha presença, onde estou, precisa influenciar outras pessoas. Creio na coletividade, ao mesmo tempo em que preciso ser pastor de crianças, jovens, adultos, anciãos, estudantes, profissionais liberais, indígenas… Creio em vocação, chamado, evangelismo criativo… Não consigo imaginar um cristianismo formatado, quadrado, feito caixa de sapato. Creio na missão integral: “O Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens.”

Desisto de enxergar Deus apenas nas músicas do Cantor Cristão ou nos corinhos de “Ministério de Louvor e Adoração”. Deus é o mestre da arte e se revela como quer até mesmo na MPB. Também desisto de participar de eventos para lotar a igreja, quando esses eventos não se preocupam com o pastoreio de toda essa gente (que lotou a igreja). Creio numa igreja simpática, onde geração não se refira à faixa etária, onde pessoas cuidam de pessoas. Creio na Igreja orgânica que é feita de gente para gente. A Igreja que é agente da Graça de Deus.

Desisto de deixar de lado os santos católicos que inspiram simplicidade e uma vida consagrada a Deus, apenas porque não fazem parte da galeria de homens e mulheres protestantes. Incluindo os que não se tornaram “santos” (conforme a liturgia católica), creio ser possível admirar a simplicidade de Francisco de Assis, o serviço de Madre Teresa de Calcutá, a disciplina de Henri Nouwen, a imaginação de Chesterton, a solidariedade de Zilda Arns…

Desisto de tentar agradar todo mundo. Como alguém já disse, a clássica frase de “O Pequeno Príncipe” – “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” – pode ser um verdadeiro “cativeiro”. Amar não é uma troca de favores que conduz a esquizofrenia fanática. Creio no amor desinteressado, o amor ágape do pai que perdoa o filho pródigo e não espera uma boa explicação pelo abandono repentino. Pronto. É isso o que farei. Mesmo que erre, quero correr para os braços do Pai. Não preciso ensaiar nenhum discurso. Ele me ama, apesar dos meus erros. Eu me arrependo. Sua Graça me basta. Na casa de Papai há trajes novos, festa, dança, anel no dedo, pão e vinho.

Alexandre de Sá

Para uma amiga.

21/03/2011

 

Um dos meus orgulhos
as lagrimas que escondo
uma das melhores coisas
os pensamentos que omito

guardo comigo e sorrio
porque na verdade me envergonho tanto
da vontade que tenho de ver feliz

parece demagogia ou uma simples mentira
mas é verdade que olhei pra voce
e nunca acreditei que pudesses ser minha

nunca percebi que me olhavas de volta
e que o motivo do seu lindo sorriso era eu

quem iria imaginar? com todos a nossa volta dizendo não.
e eu pensando que seu coração era de outrem.
falhei mas não por que quiz
o meu erro foi não acreditar

desde a primeira vez que te vi me senti estranho
e sempre pensava: “e porque não?”
os teus passos eram a utopia me dando um olá.

Eu sempre quiz um abraço e imaginei como seria quando acontecesse
mas um tolo nunca sabe o que esperar.
eu vacilei, atuei como um perfeito tolo, agindo sem pensar
não te contei que não estava preparado para você.

Dorivan de Araújo.

 

 

Why we are not just wild animals…

18/03/2011

 

essas são as virtudes de um homem que o difere de um predador selvagem.

criatividade.amor.companheirismo.amizade.humor.positividade.otimismo.talento.sonho.dedicação.

{Causa mortis} ou onde foi parar a adaga que atirei…

14/03/2011

 

O amor nunca morre de morte natural. Añais Nin estava certa.

Morre porque o matamos ou o deixamos morrer.

Morre envenenado pela angústia. Morre enforcado pelo abraço. Morre esfaqueado pelas costas. Morre eletrocutado pela sinceridade. Morre atropelado pela grosseria. Morre sufocado pela desavença.

Mortes patéticas, cruéis, sem obituário e missa de sétimo dia.

Mortes sem sangramento. Lavadas. Com os ossos e as lembranças deslocados.

O amor não morre de velhice, em paz com a cama e com a fortuna dos dedos.

Morre com um beijo dado sem ênfase. Um dia morno. Uma indiferença. Uma conversa surda. Morre porque queremos que morra. Decidimos que ele está morto. Facilitamos seu estremecimento.

O amor não poderia morrer, ele não tem fim. Nós que criamos a despedida por não suportar sua longevidade. Por invejar que ele seja maior do que a nossa vida.

O fim do amor não será suicídio. O amor é sempre homicídio. A boca estará estranhamente carregada.

Repassei os olhos pelos meus namoros e casamentos. Permiti que o amor morresse. Eu o vi indo para o mar de noite e não socorri. Eu vi que ele poderia escorregar dos andares da memória e não apressei o corrimão. Não avisei o amor no primeiro sinal de fraqueza. No primeiro acidente. Aceitei que desmoronasse, não levantei as ruínas sobre o passado. Fui orgulhoso e não me arrependi. Meu orgulho não salvou ninguém. O orgulho não salva, o orgulho coleciona mortos.

No mínimo, merecia ser incriminado por omissão.

Mas talvez eu tenha matado meus amores. Seja um serial killer. Perigoso, silencioso, como todos os amantes, com aparência inofensiva de balconista. Fiz da dor uma alegria quando não restava alegria.

Mato; não confesso e repito os rituais. Escondo o corpo dela em meu próprio corpo. Durmo suando frio e disfarço que foi um pesadelo. Desfaço as pistas e suspeitas assim que termino o relacionamento. Queimo o que fui. E recomeço, com a certeza de que não houve testemunhas.
Mato porque não tolero o contraponto. A divergência. Mato porque ela conheceu meu lado escuro e estou envergonhado. Mato e mudo de personalidade, ao invés de conviver com minhas personalidades inacabadas e falhas.

Mato porque aguardava o elogio e recebia de volta a verdade.

O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais extraordinárias sem recuar. O amor é a boca suja. O amor repetirá na cozinha o que foi contado em segredo no quarto. O amor vai abrir o assoalho, o porão proibido, fazer faxina em sua casa. Colocar fora o que precisava, reintegrar ao armário o que temia rever.

O amor é sempre assassinado. Para confiarmos a nossa vida para outra pessoa, devemos saber o que fizemos antes com ela.

 

F. Carpinejar

progeria dos meus dias

10/03/2011

…eu queria criar se minha mente deixasse
eu queria avançar se eu talvez não travasse
eu queria superar se talvez você deixasse
eu já quis tanto ir além.
eu quem muito já criei, escrevi, sorri e vivi.
hoje não consigo sequer entender.

o meu trabalho me esgota e me sacrifica e eu cansado nao tenho forças pra mais nada.
e gasto minhas noites aqui em claro tentando me encontrar novamente.
redescobrir o que me faz sorrir…

Eu sou o escolhido.

12/02/2011

Eu sou o unico

Eu estive aqui por voce esse tempo todo.

Eu sou o único

Que te deu colo enquanto você esteve chorando

Caras legais riem por ultimo

Ninguém sabe tão bem qaunto eu

Nos somos apenas bons amigos

E você vem a mim por simpatia

Você me diz que eu sou seu tipo

Mas me chama tarde da noite

Cada vez que vocês brigam

Depois de tudo que ele diz e tudo que ele fez

Eu sou o único

Ele é um completo idiota

Essa é a verdade e você sabe que eu estou certo

Por tudo que você diz

Não existe maneira dele trata-la bem

Seu amor, um homem que te trata mal

Você pensa que vai muda-lo

Mas você está errada

Ele usará você e depois dispensará

Depois de tudo que ele disse e tudo que ele fez

Eu sou o escolhido

Eu estive aqui por você esse tempo todo

Eu sou o único

Que te deu colo enquanto você chorava

Eu sou o único que quer você mais que tudo

Você não sente do mesma maneira

Você deixou isso claro para mim

Mas eu permanecerei firme e talvez

Você ouvirá o que eu estive dizendo

Depois de tudo que eu falei

Depois de tudo que eu fiz

Eu sou o único

Que este aqui o tempo todo

Eu sou o único

Que lhe deu colo enquanto você chorava.

Eu sou o único.

…eu até pensei em um título mas mudei antes de postar…

12/02/2011

 

“…em vez de carregar continuamente tal expressão de apatia e indiferença que eu me perca e não saiba mais quem sou … que eu prefira morrer  a não criar… a morte súbita se não houver mais esperança… “