desencaixe

26/12/2022

” é sempre muito dificil esse lance de encaixe. Conviver com pessoas que lhe acham maluco por causa de seus gostos músicais. Gente que não se esforça o mínimo para compreender suas lógicas e raciocínios.

Há aqueles momentos malucos que você resolve se expor e expressar seus sentimentos, emoções, traumas, frawuezas e feridas. Ao invés de abraços o que ganha é julgamentos.

É muito dificil se encaixar, quando você sempre foi o branquela magricela passa fome que sempre apanhava da maioria preta forte da escola.

É dificil se encaixar quando você é a criança cabeluda que não gostava de futebol preferia o skateboard mas tinha medo de andar.

É dificil se encaixar quando seu ídolo da adolescencia é o Milo e não o Romário. E a poesia estampada no seu caderno é uma letra da Ovnis gays e não de Camões.

É dificil se encaixar quando você diz que quer namorar mas não quer transar.

É muito dificil se encaixar, quando você chega na igreja e nenhuma das canções falam ao seu coração como músicas de revolução.

É muito dificil se encaixar quando você chega na universidade e conhece a Jesus e seus amigos só buscam a si mesmos.

É muito dificil se encaixar quando ninguém entende o pulso da palhetada que você quer tocar.

É muito dificil se encaixar quando ninguém compreende ou se identifica com as palavras dos gritos que você quer dar.

É muito dificil se encaixar quando você não sabe o que quer chorar.É muito dificil se encaixar, quando você não sabe o que é, quem foi e onde quer chegar.

É muito dificil de se encaixar…”

enquanto isso ouvia Gritos de Ódio ~ Não existe solução.mp3

How co(u)ld I?

26/08/2019

“All my life with you I was trying to hide
I’ve been playing a game. It was all I’ve been doing.
I couldn’t stand myself.
I was in a kind of inner lost battle.
That was all my silence for you.
That was me avoiding you of my friendly fire.
But I was so useless
All my life with you I was trying to hide myself
I believed if I just concealed it would be suppress it
O poor cold cheat heart how baffled I was.
Even living a golden time, you made me argued inside.

How could I understand me?

Although, How can I explain myself now?

I had already lost the battle before it had even begun. I was fighting the unknown. I was fighting against myself.
And now in these old rags, I’m just a war-beaten soldier, dragging me down on the long way back home.

Thank thee, father. You were there waiting for me.”

finally, it changed

10/07/2019

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“…despeço-me

cheio de medos

largo de mão

dou as costas e caminho

saio da sombra e da brisa

nem o céu enxergo

não importa se sempre foi tão lindo

a saudade esfria ainda mais o que está morto

o tempo ainda tic ainda tac

as memórias voltam preciosas

mas já não são mais as mesmas

as estações desgastam os rostos sorrindo

nestas pétalas não há mais lembranças e perfumes

tudo mudou de cor

tudo mudou de sabor

tudo mudou de som

tudo mudou de tom

os ventos orientes realmente apagam tudo

enquanto caminho sem admirar o céu como costumava

já não dou mais adeus…”

-God, If you hear me, I’m leaving it now.

[Listening to My Epic.]

Suicides don’t write reflections.

27/04/2018

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No matter the crowd if your heart is lonely.

No easy path to suicides.

No stars in the sky tonight.

You flight,  you fall

as a tear for nobody.

Tomorrow is just another ordinary day.

Passed away.

 

 

 

 

apenas

30/10/2017

mulher deitada

“…

sinto saudades da ignição de minha imaginação.
sinto saudades daquilo que me faz amar e sonhar.
sinto saudades de sentir saudades segundos depois.
Sinto saudades…

hoje em dia meus pés apenas doem de tanto tempo que não flutuo.
Pois as pessoas querem apenas o agora, enquanto eu quero os instantes eternos.
Aqueles instantes de poesias, de estrelas, de contemplações…
Quero aqueles segundos que me valem horas de palavras explodindo dentro de mim.
Onde me sinto cheio de pernas.
Pernas estas nunca cansadas.
Pernas estas que nunca andam,
apenas flutuam, abestalhadas e tropeças, para qualquer lugar que a lua toque,
ou talvez eu esteja enganado, e não seja a lua, mas o sorriso do teu olhar.

A pele clara, as bochechas coradas,
até ouço a voz do teu sorriso,
mas é o teu olhar quem me tira do mundo,
como se eu fosse um astronauta perdido,
vagando por aí, querendo o repouso
do meu lábios umidecidos pela quentidão
do teus mamilos.
apenas quero.

…”

01/10/2017
running
“Talvez sejamos nós.”
A cada tropeço tendemos a analisar culpados, e quando esta caminhada é conjunta, ficamos buscando entender se a culpa está em nós ou no outro.
Foi isto que um casal recém-divorciado quis analisar em uma conversa:
              -Poxa, será que eu sou o problema? – um deles questionava, enquanto o outro respondera:
              -Eu também estava me fazendo a mesma pergunta. Mas, acho que talvez sejamos nós!
Estamos em passos e ritmos diferentes. Não que nos queiramos mal, porém, talvez, o nosso querer bem tenha nos feito mal.
Cada um com seu método, cada qual com sua sina, com suas crenças e arredios vai tentando acertar, e muitas vezes o que nos cega é essa poeira das frustrações passadas. A nossa própria cobrança vai sobrecarregando a mente, vai tirando nossa paciência e fazendo-nos acreditar que não somos capazes de chegar a algum lugar.
Quando isto acontece em conjunto, vamos deixando de nos comunicar entre parceiros. Cada mensagem corporal nos aparece como grandes alertas de desastrosas reclamações. E assim, o que antes nos cativava acaba nos desmotivando.
Essa análise, em um momento de conflito, é saudável. Faz a gente parar, limpar os espinhos, a terra, os arranhões, e buscar entender o que há de errado na dupla e o que os tem atrapalhado. Quem eram eles antes? Onde eles conseguiram chegar? E o que mais conseguirão alcançar? Apenas uma busca incessante em uma auto avaliação honesta poderá dizer que talvez sejamos nós mesmos nossas próprias frustrações ou que nos faça avançar pouco-a-pouco pacientemente dia-a-dia.

“The sound of the waves collide”

Cálice afastado

13/08/2017

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“…e agora, como a gente diz pros nossos pais que nada daquilo que eles se dedicaram tanto pra gente não deu certo? Não nos encontramos profissionalmente, não nos descobrimos neste vasto universo e toda esperança é somente poeira e pó?

Como encaro ele nos olhos durante esse silêncio constrangedor? Será que ele já sabe o fracasso que sou e está apenas tentando evitar?
-É, velho, suas palavras foram precisas, dessa vez você acertou. Não teve jeito. Não deu pra mim.
Queria ter boas notícias. Abraçar-te forte sorrindo, e mentir, como sempre fiz.

Porém, há apenas desventuras deste projeto covarde e infeliz que carrega teu nome. Legado? Talvez teus outros o perdurem. Porque eu sei, que em mim há a tua maior certeza: teu fim.”

Sendo minha própria tristeza branda.

07/07/2017

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“Andando pelas ruas esquecidas do Centro desta cidade mal agradecida, em uma tarde nublada qualquer, passo por um muro velho, sujo, com seus rebocos a mostra, todo pichado de palavras sem sentido, daqueles bem tristes, desrespeitado por para quem serviu. Nele não nascem mais as teimosas ervas daninhas de suas rachaduras, nem lodo, ou musgos. Perto de si, apenas uma poça límpida e transparente onde enxergo meu rosto e me vejo completamente despido, exposto e nú. Percebo então estar sozinho e perdido, sem um destino certo ao caminhar. O cansaço causa dores aos meus pés, o suor azedo seca pela boca causando o frio das entranhas de um peito magro, depressivo e desacreditado. Fatalmente desiludido, eu sei que não adianta gritar “eis-me exposto ali!” Ninguém quer ouvir, ninguém fará nada até o ultimo tijolo do muro ruir.”

Sem medo de gripar

30/06/2017

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“Não há chuva que apague as paixões platônicas.
Que faça esquecer o sorriso
ou o suspiro quente junto ao abraço molhado.
Não há distância que faça secar os cabelos
depois de correr debaixo d’água em busca de um abrigo qualquer.
Pode a árvore nem existir mais,
pode aqueles blusões já terem sido doados a muito tempo,
talvez vocês nem se falem mais, só talvez.
Mas a certeza é a saudade estar lá,
sempre na lembrança dos seus dias de chuva.”

feito móveis velhos encaixotados.

11/06/2017

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“Há tempos eu não escrevo.
Coincidentemente há tempos não me sinto completo.
Tenho sobrevivido sem respirar,
faltando tintas, palavras, notas e lembranças.
Aliás, lembro-me sim,
elas nunca me faltaram.
Eu ria das coisas simples,
dos amigos que eu tinha,
do amor que eu vivia,
da ingenuidade que me sobrevinha.
Já acreditei que os dias seriam melhores.
Inclusive depois dos 23.
Acreditava em pessoas bonitas,
em sorrisos genuínos e
na sinceridade do olhar.
Amava muitas estrelas
ouvia bastante o mar
enquanto meus pés tocavam a areia fria,
eu simplesmente me plugava ao universo e me lavava de tudo que havia de venenoso na superfície.
Era eu mesmo sem medo,
sem dar explicação a ninguém.
Hoje é tudo tão diferente
agora me pergunto quem sou,
tão velho depois de sete anos,
sentado em frente a tevê e
sem nunca mais ter tentado.
frágil.”